eu sempre fui de amar demais
- Gi Marques
- há 3 minutos
- 1 min de leitura
não queria escrever um texto que dissesse que com ela é tudo diferente
porque todos dirão que eu sempre fui de amar demais
me jogo sempre
de cabeça pescoço colo corpo alma toda nua
saindo do outro lado
entre mortas e feridas
com todas salvas dentro de mim
mas o que acontece agora comigo com ela
é outra coisa
me entrego
de novo
inteira
mas talvez e posso estar sendo melancólica mas talvez essa seja a primeira vez em que sinto que não estou entrando num buraco maior do que o que me trouxe até aqui pra falar bem a verdade eu me sinto entrando
em casa
perguntas perfeitas primeiro encontro no sofá beijo que tardava pras palavras tomarem seu lugar a ordem trocada: primeiro o sofá depois o cinema; o sorrisinho sempre o sorrisinho; as nossas pessoas as nossas histórias o nosso mundo: me sinto
em casa
ela é o lugar pra onde eu volto

esse estalo que me deu deitada no peito dela no nosso último aniversário
nosso dia treze
um dia que não tinha sido dos melhores e já peço desculpas porque não dá pra dizer isso sem ser clichê mas meu dia não tinha sido dos melhores e deitada naquele abraço eu
descansei
como se estar ali fosse o alÃvio equivalente de soltar sacolas e mochilas pesadas depois de uma caminhada que deveria ser só até ali mas logo virou até
lá
ser amada por ela me aliviou o peso da vida
e agora eu só preciso viver com o gosto na boca
de quem quer sempre mais
eu sempre fui de amar demais mas com ela eu entendi o porquê